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Ano: 2020

Autora: Paula Guerra

 

Resumo

Na contemporaneidade, é bem possível afirmar que a cultura está a se a tornar cada vez mais inteligível. Mas estamos numa encruzilhada: os modelos antigos falharam e ainda estão a gizar os novos. A grande questão é como se devem orientar as políticas culturais numa altura em que as novas tecnologias de informação parecem subverter todos os processos de criação, de mediação ou de fruição (GUERRA, 2019; SILVA; BABO; GUERRA, 2015).
Apoiando-nos essencialmente em relatórios europeus, procuraremos compreender como é que as políticas culturais se podem adaptar ao Modelo Cultura 3.0: locus em que todas as esferas foram dramaticamente subvertidas. Como veremos, apesar de ser um modelo complexo de aplicar, especialmente ao nível das políticas locais, a verdade é que se trata de um modelo que na nossa opinião finalmente poderá responder a todas as potencialidades da cultura: isto é, a formação de um projeto emancipador e de um verdadeiro direito à cidade. Tal só poderá ser exequível se as pessoas tiverem o saber-fazer para não estarem submissas unilateralmente ao neoliberalismo: daí a crescente aposta em práticas do-it-yourself (DIY) e no maker movement.
Neste artigo, analisaremos primeiro as políticas culturais na União Europeia de forma resumida, para depois estudarmos detalhadamente as mudanças, e opções, que estão na base do digital shift, como o maker movement, o DIY e o cooperativismo na internet. Por fim, terminamos com o postulado de políticas culturais no modelo de Cultura 3.0.

 

GUERRA, Paula (2020) – Cultural policies and culture in the 21st century: challenges and changes. Cadernos do Observatório. Prefeitura de Fortaleza. Instituto de Planejamento de Fortaleza. Volume VIII. p. 95-102. ISSN 2595-2986. URL:<https://drive.google.com/file/d/1pZzCDmPcvPssTpjJw3g4VhXGjIplbcrl/view>

Por Anna Boghiguian

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