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As plataformas digitais como infraestruturas tecnológicas que suportam fluxos humanos e dinâmicas sociais de todo o tipo são hoje ainda mais essenciais para garantir a continuidade de alguns dos nossos hábitos, agora suspensos. No ciberespaço estamos a experimentar recriações estéticas e técnicas e reconfigurações comportamentais, umas coletivas e outras individuais, umas opcionais e outras impostas, porque aparentemente o mundo mudou. Desde a reconfiguração da sociedade digital global no século XX, a Música de Dança Eletrónica (EDM) foi também reestruturada por movimentos translocais, transglobais e transvirtuais (Bennett 2004) com migrações para a web e dentro da web. Na era atual, muitos já consideram a sociedade pós-digital, faz ainda sentido continuar a separar a experiência física/orgânica da digital/tecnológica? Ou esta separação metafórica entre real e virtual já não será apropriada, considerando que tudo é realidade enquanto for vivenciado? Desde o real tangível até ao virtual imaginário, a realidade de facto pode ser apenas uma questão de perceção (Deleuze e Parnet 2004). Lévy (1998) já declarou que nas redes digitais nada é falso ou imaginário, que a dinâmica virtual é idêntica à física desde que seja vivenciada conscientemente.
Palavras-chave: Plataformas digitais; Música de Dança Electrónica; Imaginário; Virtual
Dancecult. Journal of Electronic Dance Music Culture. Vol 12 No 1
Detalhes:
Título: Virtual Dance Floors: Shall We Dance or Fly?
Autores: Emília Simão e Paula Guerra
Ano: 2020